Lubrificação - Graxas

Lubrificação - Graxas

02/05/2025 | Redator

Uma graxa lubrificante pode ser definida como um material sólido a semi-sólido, constituindo de um agente espessante (sabão metálico) disperso num lubrificante líquido (óleo).

Muitas vezes, acrescenta-se aditivos para intensificar certas propriedades a graxa. Devido a sua consistência semelhante ao gel, prefere-se as graxas em lugar dos óleos em aplicações onde ocorreria um vazamento de óleo.

Imagem de Forlub Lubrificantes

Aplicação de Graxa:

  • Onde o óleo não pode ser contido ou vaza com facilidade;
  • Onde existem dificuldades e condições inseguras para realizar a relubrificação;
  • Onde o lubrificante deve ter também a função de vedar;
  • Onde o projeto da máquina especifica a utilização de graxa;
  • Onde o tempo de relubrificação for reduzido;
  • Onde se quer reduzir a freqüência de lubrificação;
  • Onde existem equipamentos com lubrificação intermitente;
  • Onde é importante a redução de ruídos;
  • Onde existem condições extremas de altas temperaturas, altas pressões, cargas de choque.

Esquema simplificado de fabricação das graxas.

Imagem de Forlub Lubrificantes

Processos para fabricar graxa:

- Processo de Tacho:

Um dos mais tradicionais. Por meio de um processo de bateladas realizado em grandes tachos. As capacidades destes tachos variam de 4500 kg a 22600 kg.

- Processo Contactor:

Semelhante ao de tacho, porém tem o tempo de fabricação reduzido.

- Processo Contínuo:

A graxa obtida neste processo possui maior homogeneidade e estabilidade ao cisalhamento.

Tipos de Graxas:

São diferenciadas quanto à natureza do espessante. Existe uma grande variedade de espessantes, dentre os quais, destacam-se sabões metálicos, argilas tratadas, polímeros de uréia e outros, sendo que cerca de 90% dos casos os espessantes empregados são sabões metálicos.

Quanto à natureza do sabão metálico, são classificadas:

- Graxas à base de sabão de Cálcio:

Aderentes, são indicadas para uso em peças que trabalham em contato com água. Não são indicadas para utilização em temperaturas superiores a 800ºC;

- Graxas à base de sabão de Sódio:

Recomendadas para mancais planos e rolamentos que trabalham a altas velocidades e temperaturas elevadas (até 1200ºC) e, ocasionalmente, em engrenagens. É desaconselhável o seu uso em presença de umidade, pois o sabão é solúvel em água;

- Graxas à base de sabão de Alumínio:

São indicadas para uso onde o principal requisito seja a característica de aderência da graxa, proporcionando boa proteção contra a ferrugem e resistência à lavagem por água. Não resiste a temperaturas elevadas;

- Graxas à base de sabão de Lítio:

São aderentes e relativamente insolúveis em água, substituindo, em aplicações convencionais, substitui muito bem as graxas de Cálcio e Sódio, sendo, portanto, de aplicações múltiplas. Esta é a graxa indicada no manual da impressora offset GTO do laboratório.

Possuem grande estabilidade mecânica e alto ponto de gota, sendo de fácil aplicação por meio de pistolas e sistemas centralizados de lubrificação;

- Graxas à base de sabão Complexo:

Sabão complexo é aquele, em que a fibra do sabão é formada pela cristalização de um sabão normal (Cálcio, Sódio, Alumínio ou Lítio) e um agente complexo, como: ácido acético, lático, etc.

Esse tipo de graxa apresenta como característica principal um elevado ponto de gota.

Principais características das graxas:

  • Consistência;
  • Ponto de gota;
  • Bombeamento.

Consistência:

É a resistência oferecida por uma graxa à sua penetração. É determinada pelo método que consiste em medir a penetração (em décimos de milímetros) exercida por um cone sobre uma amostra de graxa, sob ação de carga padronizada durante 5 segundos e à temperatura de 250ºC.

O aparelho utilizado nesta medição é chamado penetrâmetro.

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Esquema simplificado do funcionamento do equipamento destinado para a determinação da consistência da graxa.

Ponto de gota:

Indica a temperatura em que a graxa passa do estado sólido ou semi-sólido para o líquido.

Esta medida serve como orientação para a mais alta temperatura a que certa graxa pode ser submetida durante o trabalho.

Deve-se considerar como limite operacional uma temperatura 20% inferior ao seu ponto de gota.

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Esquema simplificado da determinação do ponto de gota de uma determinada graxa.

Bombeabilidade:

É a capacidade de fluir de uma graxa pela ação de bombeamento.

Os fatores que afetam o bombeamento são:

  • consistência da graxa;
  • viscosidade do óleo;
  • tipo de espessante.

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Gráfico indicado a bombalidade das graxas para um mesmo grau em NLGI. indicado está o sabão metálico associado.

Referências:

Fundamentos da Lubrificação. Chevron do Brasil. Departamento de Tecnologia da Texaco Brasil LTDA. 2005.

Anotações da apostila de lubrificação do curso técnico em mecânica CEFET-BA.

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